segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

AS LEMBRANÇAS ...

"Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior torrmento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar”



A dor e o sofrimento pela morte de alguém que nos é caro é o preço que pagamos por amar. Sofremos, choramos, porque nosso coração tornou-se vazio.

Saudade é, não só uma palavra, mas um dos sentimentos mais poderosos, e que mais toca a alma. Maior quando alguém se vai para sempre.

Mas este ir para sempre não significa esquecimento, mas sim o início de lembranças. Dos tempos vividos, das alegrias, dores, amores, ressentimentos e tudo o mais que possa ter feito parte da convivência, afinal, somos humanos, cheios de acertos e erros.

Lembrar é resgatar no tempo o que não tem volta. É descobrir nos sentimentos a presença de alguém. É a tentativa de ocupar o vazio deixado no coração.

Isso pode ser feito através de uma música, uma missa, uma visita ao cemitério, uma oração, um olhar para o infinito, de uma lágrima que cai, um sonho ou simplesmente por um sorriso.

Lembrar não é reconhecer que não temos mais alguém, mas, sobretudo, saber que o temos para sempre no pensamento, no coração e na alma.

Lembre-se sempre de alguém querido. Sorria, chore se preciso. Não há uma forma específica de lembrar; basta apenas que olhe para o seu coração e o sentimento brotará.

Lembrar é só outra forma de amar.


Por João Batista Alves de Oliveira – Médico. Mestre em Gerontologia pela PUC-SP